
Por Emerson Araújo
Uma das políticas públicas mais vigorosas para qualquer desenvolvimento social de uma comunidade é a educação pública de qualidade. Nada de novo, na assertiva, se não fossem os alarmantes índices de analfabetismo que tem maculado o Maranhão nos últimos anos e que precisam ser debelados com certa premência pelo atual governo.
Fechar os olhos ou atrasar as ações que precisam ser tomadas nas políticas públicas da educação estadual para reverter o aviltante quadro do analfabetismo e os parcos índices da formação de nível superior no Maranhão não condizem com o programa administrativo de um governo que se diz progressista.
Mesmo com poucos dias de administração, o atual governo deve priorizar as ações de políticas públicas de educação com mais urgência em todas as regiões e cidades na busca concreta da alteração dos índices sociais alarmantes que, ainda, se observam no dia-a-dia no Maranhão. É preciso correr no encalço de todos os prejuízos que foram impostos ao longo de quase sessenta anos de dominação política no Estado. E a educação pública foi a mais prejudicada como ferramenta de mudança social de milhares de pessoas, ao longo deste tempo todo, por conta das improvisações didáticos pedagógicas, desrespeito as orientações curriculares nacionais e uma série de outras falhas que provocaram danos de toda ordem a execução de um ensino público de qualidade.
A Educação maranhense não pode mais esperar o próximo seminário ou a agenda da roda de conversa para o mês vindouro de gestores educacionais acostumados as discussões teóricas da academia que nunca trouxeram resultados positivos/propositivos visíveis de uma práxis consistente neste universo. A educação do Maranhão, também, não pode mais viver de boas intenções ou planejamentos estéreis por conta dos índices negativos costumeiros que trafegam nos ideb’s e outros avaliadores educacionais da vida. A educação maranhense urge por estes rincões a fora como práxis de mudança social, de revolução social como diz o novo governo e quer a população de todos os recantos do Estado e isso é fato real.
É com a defesa da priorização e da urgência das políticas públicas de educação para o Maranhão que se defende a interiorização do ensino superior público de qualidade para alavancar o desenvolvimento social da maioria das cidades maranhenses e a extirpação dos índices negativos de analfabetismo que giram em torno de 20% da população do Estado.
Na interiorização da educação do terceiro grau, Tuntum, na região central do Estado, é uma das cidades que precisa com urgência de uma instituição de ensino superior pública de qualidade para ofertar cursos em diversas áreas do conhecimento como alavanca de desenvolvimento social para centenas de alunos que hoje tem deixado o ensino médio sem expectativas de continuidade na aprendizagem. Um polo da UEMA, no município, estará de bom tamanho para uma revolução social por aqui.